domingo, 10 de fevereiro de 2013

JUNIORES A: Impedidos de vencer

SC Beira-Mar, 2 - FC Vizela, 2
(0-2, ao intervalo)

Um golo irregular validado ao Vizela, um golo mal anulado ao Beira-Mar, foras-de-jogo cirúrgicos a anular jogadas em que jogadores aveirenses se isolavam, expulsões, dualidade de critérios, foi com todos estes contributos da arbitragem do Sr. Ilídio Matos e seus pares, da AF Aveiro, que os juniores auri-negros foram impedidos de começar com uma vitória a jornada de abertura da 2ª fase do campeonato nacional da 2ª divisão. Pese embora todas estas contrariedades, louve-se a recuperação conseguida na segunda parte pelos comandados de António Luís, período durante o qual foi anulada a desvantagem de 2 golos com que chegaram ao intervalo. E só não deu para mais porque o juiz aveirense teve uma actuação absolutamente inacreditável, do pior que já vimos fazer esta época, falseando de um modo grosseiro a verdade desportiva. A bem organizada equipa do Vizela nada tem a ver com o sucedido, mas o ponto que leva de Aveiro apenas foi conseguido à custa de um acumular de erros crassos por parte do trio de arbitragem.
No estádio Mário Duarte, as equipas apresentaram-se com:
SC Beira-Mar: Samuel (gr); João Rui (Gonçalo, 63'), Michael dos Santos, Manel e Nanu; Balacó (cap), Bernardo Subtil (Ricardo Tavares, 51'), Gui Matos e Diogo Castor (Henrique, 87'); Pité e Marc.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Rúben Marques, Gui Ramos e Bruno Filipe.
FC Vizela: Miguel (gr), Gilberto, Guti, João André, Hugo Ferreira, André Pinto, Tiago (Bruno Fernandes, 71', Fábio (cap), Hugo Miguel, André (Pedro, 79') e Rui André.
Suplentes não utilizados: Zé Carlos (gr), Rui Costa, Roberto, Diogo Lopes e Zé Rui.
Ainda não se tinha esgotado o primeiro minuto de jogo e já Marc, lançado por Gui Matos, surge em antecipação ao guarda-redes mas atira fora do alvo. Era um bom sinal, mas não teria continuidade imediata, respondendo o Vizela com um remate de fora da área, na sequência de um canto curto, que proporcionou difícil e vistosa defesa de Samuel, que desviou a bola por cima do travessão.
Entrou-se depois num período de algumas cautelas tácticas por parte de ambas as equipas e foi precisamente nesta fase que os vizelenses haveriam de chegar à vantagem. O 0-1 está ferido de legalidade, já que Rui André, que aproveitou um ressalto após cruzamento da direita de Gilberto, estava claramente fora de jogo quando empurrou a bola para a baliza deserta.
O Beira-Mar reagiu ao golo e o Vizela passou a defender mais atrás, baixando claramente as suas linhas. Aos 19', na sequência de uma boa jogada pela esquerda de Gui Matos, Diogo Castor surge a desviar ao primeiro poste o cruzamento do seu colega, mas tinha um adversário à ilharga que cortou para canto. A mais flagrante oportunidade de golo surgiria aos 29', com Pité a isolar Marc (desta vez o lance não foi cortado pelo auxiliar do lado nascente como já fizera 2 vezes anteriormente em lances semelhantes), que rematou desviado do guardião Miguel, que estava batido mas viu a bola passar a centímetros do poste direito da sua baliza.
Apenas de bola parada, aos 37', o Vizela se acercou da baliza de Samuel, que quase era surpreendido na marcação de um livre directo, com a bola a ser desviada com muita dificuldade para canto pelo guarda-redes auri-negro, que estaria, seguramente, à espera de cruzamento. E quando o intervalo se aproximava (45') e já se tinha o sentimento de uma grande injustiça no marcador, o nº 23 André recupera uma bola a meio-campo, progride alguns metros e dispara do meio da "rua" para o impensável 0-2. Grande golo, sem dúvida, mas a "estrelinha" também ajudava os forasteiros, que recolheram aos balneários com uma vantagem que não reflectia o labor das duas equipas.
Na segunda parte o domínio do Beira-Mar foi contínuo e, em alguns momentos, avassalador. Logo aos 50' Marc proporcionou uma grande defesa a Miguel no seguimento de um livre lateral e o mesmo jogador, aos 55', coloca a bola na barra na marcação de um pontapé de canto. Já com Ricardo Tavares em campo, aos 63', o "79" aveirense não foi lesto a fazer a recarga a uma defesa incompleta de Miguel, após disparo de fora da área de Gui Matos, e a oportunidade gorou-se.
O Vizela só deu o primeiro sinal de perigo nesta segunda parte quando estavam decorridos 68', num cabeceamento de André que provocou alguns calafrios. Mas era o Beira-Mar quem mandava no jogo e Pité, logo no minuto seguinte, recebe na área um cruzamento da esquerda de Marc e fuzila para uma defesa por instinto do guarda-redes de Vizela.
Na fase de maior assédio aveirense, à meia hora da etapa complementar, foi Diogo Castor que, à entrada da pequena área, não aproveita um cruzamento de Pité e remata por alto. Foi preciso um erro do guardião Miguel, que deixou Marc disputar e ganhar-lhe uma bola, que de ângulo muito difícil consegue ser colocada dentro da baliza, fazendo, aos 78', o 1-2 da esperança.
Relançado o jogo e empolgados com a redução da desvantagem, os beiramarenses cerraram os dentes e foram em busca da igualdade, que viriam a conseguir por Ricardo Tavares, aos 81', após uma série de recargas na pequena área. Só que... este golo não valeu, sendo anulado por indicação do auxiliar do lado da bancada poente, que teve uma actuação inenarrável!
Ainda assim houve forças para chegar à igualdade, com o 2-2 a surgir aos 89', por Marc, que transformou exemplarmente uma grande penalidade a que o Sr. Ilídio Ramos não pôde fugir, tal a evidência do derrube a Pité, que foi "ceifado" dentro da área.
O período de compensação (6 minutos) foi jogado com o Beira-Mar reduzido a 10 unidades, por expulsão de Marc logo após a marcação do penalti e com o treinador António Luís a caminho da bancada, por via de mais um assomo de autoritarismo do Sr. Ilídio Matos, que não conhecíamos e que esperamos não voltar a encontrar.
Assim é muito difícil, mas a luta vai continuar. Contra tudo e contra todos!

Sem comentários: