domingo, 3 de março de 2013

JUNIORES A: Saber esperar, vencer e sofrer

SC Beira-Mar, 2 - GD Chaves, 1
(2-1, ao intervalo)

Num jogo aguardado com muita expectativa, a equipa de juniores do SC Beira-Mar venceu o Desportivo de Chaves, por 2-1, assumindo, após 1 empate e 3 triunfos consecutivos, a liderança isolada da série A da 2ª fase do campeonato nacional de juniores da 2ª divisão. Os auri-negros defrontaram um adversário muito difícil, talvez a equipa mais forte com que esta época se depararam, e tiveram que se empregar a fundo para levar de vencida este encontro entre candidatos à subida de divisão.
Após uma fase de resguardo em que tiveram de aguentar uma forte entrada dos flavienses, os auri-negros Marc (12') e Pité (18') desferiram os golpes certeiros que haveriam de levar à vitória, para depois de terem visto essa vantagem reduzida à margem mínima suportarem com grande estoicismo a tentativa de recuperação da forte equipa transmontana. Por tudo isto os 3 pontos foram merecidos, mas a par com a atitude e a entrega sem limites de todos os atletas aveirenses, houve que contar com alguma ponta de felicidade que, em certos momentos, bafejou a nossa equipa. Já se sabe, os campeões também se fazem com sorte e hoje os auri-negros tudo fizeram por a merecer.
No estádio Mário Duarte, sob uma boa arbitragem do Sr. Bruno Costa, da AF Aveiro, António Luís contou com:
Samuel (gr); Xavi, Michael dos Santos, João Rui e André Rosa (Gonçalo, 6'); Balacó (cap), Nanu e Gui Matos; Pité, Ricardo Tavares (Diogo Castor, 57') e Marc (Bernardo Subtil, 79').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr) e Manuel Martins.
A entrada a todo o gás da equipa visitante fez temer o pior, já que, depois de logo no primeiro minuto Samuel ter evitado o golo com muita valentia face a um adversário isolado, aos 3' foi a vez do ferro da sua baliza o substituir. Para complicar mais as coisas, nesta altura já André Rosa se apresentava bastante queixoso e obrigava o técnico aveirense a esgotar prematuramente um a substituição.
Os flavienses estavam claramente por cima do jogo e mostravam-se muito fortes em termos ofensivos, com os seus números 7,10 e 11 a evidenciarem uma excelente qualidade técnica. A verdade é que todo este pendor atacante tinha um revés, que era o da descompensação da organização defensiva, um ponto que a equipa do Beira-Mar soube aproveitar bem.
Se o 1-0, apontado por Marc, aos 12', se pode considerar obtido contra a chamada corrente do jogo, o 2-0 de Pité, aos 18', marcado após uma extraordinária jogada de combinação com Gui, surgiu já num momento em que os auri-negros tinham melhorado bastante e sacudido o assédio inicial dos flavienses.
Embalados pelos golos, os aveirenses, aos 19', estiveram à beira do terceiro, mas o remate de Ricardo Tavares, desferido com o pé esquerdo de fora da área, foi desviado para canto pela extraordinária defesa do guardião Rui. Mas, do potencial 3-0, rapidamente se passou para o real 2-1, que surgiu aos 23', num lançamento para as costas da nossa defesa, que não soube esconjurar o perigo.
O jogo estava relançado e a parte final do primeiro tempo voltou a ter o Desportivo de Chaves com maior iniciativa de jogo, pese embora um cruzamento de Marc, aos 28', que Ricardo Tavares desviou de cabeça com muito perigo mas sem a direcção mais desejada. A vantagem auri-negra seria guardada até ao intervalo, mas para isso muito contribui, mais uma vez, o poste da baliza defendida por Samuel, que viu Carlos , o esquerdino nº 7, aproveitar um erro defensivo para rematar ao ferro.
Foi uma excelente primeira parte, com golos, oportunidades, bom futebol e muita emoção.
O início do segundo tempo pareceu um decalque dos instantes iniciais da primeira parte e, à nova entrada forte do Chaves, valeu Samuel, que evitou o empate, com 2 boas intervenções, aos 46' e 49'. Mas, também à semelhança do que já acontecera na etapa inicial, o Beira-Mar reagiu bem, equilibrou e Também criou os seus lances de perigo. Marc, aos 53' e 54', esteve muito perto de tranquilizar os seguidores da formação aveirense, mas o no primeiro remate a bola saiu à figura e, no segundo, valeu uma intervenção com o pé do guarda-redes contrário.
Costuma dizer-se que à terceira é de vez, mas não foi este o caso, pois Marc, aos 58', dispôs de nova possibilidade de golo, a mais flagrante de todas. Contudo, o seu remate, após primorosa assistência de Diogo Castor, que tocava na bola pela primeira vez após entrada a substituir Ricardo Tavares, foi defendido por instinto pelo guardião da cidade raiana.
Na parte final do jogo o Chaves voltou a assumir a iniciativa, mas os auri-negros, bastante solidários e organizados, foram-se empenhando até ao limite das suas forças para guardar a preciosa vantagem. A verdade é que, pese embora a maior posse de bola do Chaves, os transmontanos não criavam grandes situações de finalização, Apenas em período de compensação e já reduzido a 10 unidades por expulsão na parte final do jogo do seu nº 4, um central com uma envergadura física notável, o Desportivo de Chaves esteve perto de empatar, valendo, mais uma vez, a barra da nossa baliza para garantir os 3 pontos que deixam os orientados de António Luís um pouco mais perto do seu objectivo.

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