segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

JUVENIS A: Serviços mínimos foram insuficientes

SC Beira-Mar, 2 - A Naval 1º Maio, 2
(0-0, ao intervalo)

Com várias ausências na equipa habitual e também com os efeitos da paragem natalícia a fazerem-se sentir, foi um Beira-Mar de serviços mínimos que se mostrou na recepção ao último classificado da série C do campeonato nacional de juvenis, num jogo em que esta conjugação de factores acabaria por revelar-se insuficiente para começar o ano novo com uma vitória. O empate a 2 golos diante da Naval 1º Maio teve ainda como consequência imediata a certeza de os auri-negros disputarem a fase de manutenção/descida.
Com o relvado do Mário Duarte a apresentar-se bastante escorregadio, o técnico Zé Maria Almeida, com bastante escassez de recursos para esta partida, apresentou:
João Pedro (gr); Bruno Matos, Luca (André Santos, int), Guga e Ricardo Mango; André Gonçalves, Nuno Aparício, João Neves e Rafa; Manu (Lane, 52') e Marcos Franco.
Suplente não utilizado: Diogo (gr).
Com um início de jogo morno, a primeira situação de golo pertenceu ao Beira-Mar, com João Neves a isolar Marcos, que não foi lesto na finalização e viu o seu remate ser desviado para canto por um adversário.
Os auri-negros, sem deslumbrar, tomaram conta das operações e foram construindo situações que poderiam ter dado um rumo diferente à partida. O mais perdulário foi Manu, que dispôs de duas ocasiões soberanas para abrir o marcador. Aos 14', servido por Rafa, perdeu no duelo com o guarda-redes, num lance em que se ficou a pedir grande penalidade e, aos 24', com o guarda-redes na cara e Marcos ao lado, optou por um remate que esbarrou no corpo do guardião figueirense.
Costuma dizer-se que quem não marca sofre e isso esteve mesmo para acontecer, aos 31', quando, no seguimento de um lançamento lateral para a área aveirense, a bola sobrou para o jogador nº 7 da Naval, que fez a bola esbarrar no poste. Pouco depois, aos 33', numa gritante falha do auxiliar do lado poente, o nº 37 isola-se em clara posição de fora-de-jogo, mas não teve arte para bater João Pedro, rematando para fora.
Até ao intervalo, nota ainda para um lance em que Bruno Matos, vindo de trás, fica na cara do guarda-redes, mas remata contra o seu corpo, mantendo o nulo com que as equipas regressaram às cabinas.
O desperdício auri-negro continuou no segundo tempo e, aos 44', Nuno Aparício, primeiro, e Marcos, depois, fizeram o mais difícil e não concretizaram em golo duas claras oportunidades na mesma jogada.
Com o jogo completamente aberto e com os figueirenses, que mostraram algumas debilidades, mas também alguns jogadores de bons recursos, a sentirem que poderiam conseguir algo de positivo no terreno de um adversário mais dotado, surgiu o primeiro golo da Naval. Aos 48', numa jogada de insistência em que João Pedro ainda conseguiu, numa primeira fase e com uma valente intervenção, evitar o golo, o nº 17, num remate de ressaca, colocou a bola no fundo das redes.
O 0-1, porém, não duraria muito, já que aos 55', pouco depois de André Santos ter feito a bola esbarrar no poste na marcação de um livre frontal, Bruno Matos, na sequência de um pontapé de canto, aproveita uma segunda bola  para chegar ao empate, que só não seria desfeito logo a seguir, aos 58', porque Lane não foi "matador" suficiente, desaproveitando de uma forma incrível uma bola largada pelo guarda-redes contrário. Na pequena área, rematou para a baliza deserta, mas de modo a permitir ainda a intervenção de uma adversário, que safou o segundo golo sobre a linha.
Com todos os recursos disponíveis já metidos em campo, o Beira-Mar carregava na busca do tento da vitória e, aos 69', Marcos obriga o guardião da Figueira da Foz a uma grande defesa, com André Santos, na recarga de cabeça, a não acertar com a baliza e a perder uma excelente ocasião para desempatar a partida.
A Naval, ainda que em investidas escassas, também não perdia de vista a possibilidade de ir mais além e, aos 73', valeu Mango, a tirar o "pão" da boca a um adversário que se preparava para finalizar na boca do golo após jogada pela esquerda.
E quando, aos 75', num golo de excelente recorte técnico, André Santos deu vantagem pela primeira vez à sua equipa, todos pensaram que o 2-1 seria o desfecho final e os auri-negros conquistariam os 3 pontos necessários para continuar a sonhar com a qualificação para série de apuramento do campeão, ainda que dependendo do resultado de terceiros. Pois, mas a Naval não desistiu e, a 2 minutos do final, na sequência de um livre cobrado para as costas da defesa aveirense, um subtil desvio de cabeça foi suficiente para desfeitear João Pedro e colocar o resultado final num 2-2 que já poucos esperariam.
No reatamento, André e Mango ainda tiveram hipóteses de desempatar de novo, mas as forças já escasseavam e a divisão de pontos acabou mesmo por concretizar-se, resultado que acaba por premiar a ousadia visitante, numa partida em que o Beira-Mar ficou muito aquém do desejado e em que a arbitragem (à parte o fora-de-jogo já referido) esteve, de um modo geral, em bom plano.

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