domingo, 16 de março de 2014

JUNIORES A: Derrota e injustiça ao minuto 90

A Académica C, 3 - SC Beira-Mar, 2
(1-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar não conseguiu segurar a vantagem que por duas vezes conseguiu no marcador e foi, com alguns laivos de injustiça, derrotada ao cair do pano por uma Académica que correu sempre atrás do prejuízo e chegou à vitória com bastante dose de felicidade. O desfecho, desastroso para as pretensões dos auri-negros, foi um duro castigo para os aveirenses, que estiveram quase sempre em vantagem e mostraram durante o jogo, discutido em toda a linha, nada serem inferiores ao seu adversário.
Na Academia Dolce Vita, em Coimbra, o técnico António Luís apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, João Neves (Bruno Filipe, 88') e André Santos (Bernardo Subtil, 69'); Diogo Castor, Lane (Lucas, 79') e Bento Cortesão.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr) e Ricardo Pinto.
O início do jogo foi bastante movimentado, pautado pelo equilíbrio e com as equipas a criarem situações de perigo junto de cada uma das balizas. Paredes abriu as hostilidades, aos 4', com um remate que saiu ao lado, respondendo o Beira-Mar, aos 6', através de um cruzamento de André, cortado providencialmente quando Lane e Bento se preparavam para finalizar ao segundo poste. Aos 10', foi Saltão que ganhou uma segunda bola após marcação de canto e pôs Hugo à prova, para de seguida, aos 12', ser a vez de Lane falhar o cabeceamento por muito pouco, no seguimento de um cruzamento para a boca da baliza de Filipe Melo.
Esta toada de parada e resposta terminaria no 0-1, obtido por Fábio, aos 14', com um cabeceamento certeiro, concluindo da melhor maneira um livre lateral, sobre a esquerda, apontado por Diogo Castor.
A Académica reagiu ao golo e passou a ter maior posse de bola, ainda que as suas intenções fossem, quase sempre, neutralizadas pela boa organização dos auri-negros. Mas esse maior pendor atacante resultaria mesmo no empate, alcançado por Brás, aos 30', após bom trabalho à entrada da área e remate rasteiro e colocado (bateu no poste antes de entrar), que não qualquer hipótese de defesa a Hugo.
Até ao final do primeiro tempo, nota apenas para um cabeceamento perigoso de Pedro Nunes, após cruzamento largo da direita. A igualdade registada ajustava-se perfeitamente ao que se tinha desenrolado em campo.
Na etapa complementar, voltou a ser a Académica a primeira a criar perigo, quando, aos 47', Hugo largou a bola na sequência da marcação de um pontapé de canto, valendo que o remate de Brites, de costas para a baliza, fez a bola sobrevoar o travessão. Seria, contudo, o Beira-Mar a ser mais feliz, pois na resposta, em jogada pela direita, Diogo Castor, puxa para dentro e, de pé esquerdo, visou com êxito a baliza de Brito, obtendo um golo de belo efeito e colocando a sua equipa, pela segunda vez, em vantagem no marcador.
À semelhança do sucedido no primeiro tempo, o 1-2 voltou a espicaçar os "estudantes", que tornaram a ser mais pressionantes e tomaram algum ascendente no jogo. Aos 55', Hugo nega mesmo a Brás o empate, situação que esteve novamente na iminência de acontecer, aos 57', após marcação de um canto.
Já com a equipa do Beira-Mar a acusar alguma fadiga física, o que não lhe permitiu "matar" o jogo em algumas transições com vantagem numérica, foi numa situação de contra-ataque, aos 74', que os donos da casa chegaram ao 2-2, um lance de algum infortúnio para Fábio, que fez autogolo quando pretendia sacudir uma bola colocada na boca da baliza.
Este golo funcionou como um tónico para os conimbricenses e pesou bastante na moral dos auri-negros, que tiveram de aguentar com um "pressing" final da Académica. Isto resultou em situações de muito perigo para a baliza de Hugo, que, aos 83', não conseguiu chegar à bola na sequência de um livre e viu Brites, nas suas costas, cabecear ao lado. Aos 85', o guardião aveirense faz uma grande defesa e opõe-se a um remate frontal após jogada de muita insistência e, finalmente, em cima dos 90 regulamentares e após uma sequência de cantos a favor, a Académica, por intermédio de Jorge Correia, que tinha sido lançado no jogo, chega à vitória, num lance de muita confusão na área que terminou com uma finalização de cabeça, à boca da baliza.
Tudo poderia ter terminado com maior justiça se, em período de compensação, Bento Cortesão, isolado pelo hoje "capitão" Diogo Castor, tivesse sido mais feliz e não visse o seu desvio do guardião Brito passar a rasar o poste da baliza coimbrã. Muita falta de sorte!
A arbitragem do Sr. Jorge Ladeiras, da AF Santarém, embora não isenta de pequenos erros, não influenciou o resultado, até porque o jogo foi relativamente fácil de dirigir e não apresentou grandes casos.

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