quarta-feira, 5 de março de 2014

JUNIORES A: "Míssil" abate superioridade auri-negra

SC Beira-Mar, 0 - UD Oliveirense, 1
(0-0, ao intervalo)

Em dia de Carnaval, foi com uma "bomba" monumental que a Oliveirense derrotou em Aveiro um Beira-Mar que lhe foi quase sempre superior e que só num lance, tão fortuito quanto espectacular, viu ruir as suas aspirações de conquistar os 3 pontos e sair, dessa forma, da zona de despromoção do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão.
Como se costuma dizer nestas situações, aconteceu futebol, saindo vitoriosa a formação que menos o merecia, ainda que os auri-negros apenas se possam queixar de si próprios e da sua inoperância para colocar a bola dentro da baliza. É verdade que ainda falta muito campeonato, mas neste jogo foi perdida uma ocasião de oiro, até por aquilo que foi dado observar em campo, para dar um grande salto em frente.
Numa partida com uma excelente arbitragem do Sr. José Pedro Laranjeira, árbitro da AF Coimbra, o técnico António Luís apostou em:
Hugo (gr); Bruno Reis (João Neves, 84'), Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Bernardo Subtil, Pedro Aparício (cap) e Diogo Castor; Bento Cortesão (André Santos, 66') e Lane (Lucas, 67').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto e Bruno Filipe.
A primeira parte foi dominada completamente pelo Beira-Mar, equipa que melhor soube adaptar-se às difíceis condições do relvado, que mais tempo jogou no meio-campo adversário e que transformou a sua maior e melhor posse de bola num número suficiente de ocasiões de perigo para lhe poder conferir vantagem no marcador ao intervalo. Ficaram na retina remates de Lane (6'), Diogo Castor (8') e Bento Cortesão (9'), lances em que, com um pouco mais de felicidade e acerto, poderiam ter colocado os auri-negros na frente do marcador.
Também Bernardo Subtil, aos 21', numa transição rápida após canto contra, não foi feliz a assistir no meio, desaproveitando-se uma situação flagrante de vantagem numérica. Como que a dizer que o dia não era do Beira-Mar, Lane, aos 24', acertou no poste. Pelo meio, e pela única vez nos primeiros 45 minutos, a Oliveirense, aos 22', criou algum perigo para a baliza de Hugo, através de um remate cruzado de Miguel.
O nulo ao intervalo era, pois, deveras lisonjeiro para os oliveirenses, que, na segunda parte, viram Lane desperdiçar uma boa ocasião logo no primeiro minuto, para responderem aos 47', num ressalto após livre frontal, aproveitado por Sérgio, que viu a defesa auri-negra opor-se no momento certo.
Aliás, o começo da etapa complementar foi extremamente frenético, com os auri-negros a perderem soberana ocasião no minuto seguinte, num lance em que Lane perdoou em zona proibitiva e, no seguimento da jogada, foi Bento Cortesão que viu o seu remate ser defendido em cima do risco, com o guardião Parreira fora dos postes.
E quando, aos 61', por acumulação de amarelos, Guimarães deixou a Oliveirense reduzida a 10 unidades, mais se acentuou a ideia de que o Beira-Mar, por aquilo que tinha feito e agora pela vantagem numérica, partiria para a tão ambicionada vitória. Mas, no futebol, tudo é imprevisível e, mal se tinha visto em inferioridade numérica, a Oliveirense chega à vantagem através de um remate de inspiração de Emanuel, que se decidiu, de muito longe, em atirar à baliza, colocando a bola no ângulo superior direito, tendo ainda batido na parte inferior do ferro antes de entrar. Indefensável! E injusto, também.
Este golo foi um balão de moral para os visitantes e um rude golpe para os auri-negros, numa altura em que o terreno pesado começava a fazer mossa na capacidade física dos atletas. Ainda assim, a equipa do Beira-Mar teve alento para encostar o adversário lá atrás e fazer dos últimos momentos da partida um verdadeiro massacre. Sorte (ou falta dela) e desacerto não deixaram, contudo, que as situações criadas por Diogo Castor (remate à figura, aos 85'), Bernardo Subtil (remate às malhas laterias, aos 86') e Pedro Aparício (remate em posição frontal, por cima do travessão, aos 88'), minimizassem as perdas e conferissem, pelo menos, o empate aos aveirenses.
Há carnavais assim...

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